Escravo Fiel e Discreto

8 de maio de 2016

A parábola do Escravo Fiel e Discreto é usada pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová para afirmar que eles foram designados por Deus para liderar Seu povo, desde 1919. E se eles foram escolhidos, então dizem que a salvação depende de segui-los.

(Mateus 24:45-47) “Quem é realmente o escravo fiel e prudente, a quem o seu senhor encarregou dos seus domésticos, para lhes dar o alimento no tempo apropriado? Feliz aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o encontrar fazendo isso! Digo a verdade a vocês: Ele o encarregará de todos os seus bens.

(Lucas 12:42-44) “E o Senhor disse: “Quem é realmente o administrador fiel, o prudente, a quem o seu senhor encarregará do grupo de assistentes para sempre dar a eles a sua medida de mantimentos no tempo apropriado? Feliz aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o encontrar fazendo isso!  Digo a verdade a vocês: Ele o encarregará de todos os seus bens.

Esta parábola simples define as Testemunhas de Jeová. A pergunta de Jesus é fundamental para a existência e estrutura da religião. Este texto é a fundação das Testemunhas de Jeová. Dele também deriva o conceito de que em 1919 Deus escolheu os líderes da Sociedade Torre de Vigia como a única fonte de verdade e, por isso, esse texto também explica por que as Testemunhas de Jeová precisam ser inquestionavelmente submissos ao Corpo Governante, se desejarem ter um relacionamento com Deus e/ou obter a salvação.

*** w13 15/7 p. 20 par. 2 ***
Esse escravo fiel é o canal que Jesus está usando para alimentar seus seguidores verdadeiros neste tempo do fim. É essencial reconhecermos esse escravo fiel. Nossa saúde espiritual e nossa relação com Deus dependem desse canal.

*** Relatório da reunião anual, 10 de Novembro de 2012 – jw.org ***
O “escravo fiel e discreto” foi designado sobre os domésticos de Jesus em 1919. Esse escravo é o pequeno grupo de irmãos ungidos que servem na sede mundial durante a presença de Cristo e que estão diretamente envolvidos na preparação e distribuição do alimento espiritual. Quando os membros desse grupo trabalham em conjunto como Corpo Governante, eles atuam como o “escravo fiel e discreto”.

*** w09 15/2 p. 27 par. 11 ***
Se Jeová e Jesus Cristo confiam plenamente no escravo fiel e discreto, não devemos nós também confiar? 

*** w01 1/8 p. 14 par. 8 ***
[O cristão maduro] não promove opiniões pessoais, nem insiste nelas, nem nutre idéias próprias referentes ao entendimento da Bíblia. Antes, tem plena confiança na verdade conforme revelada por Jeová Deus por meio do seu Filho, Jesus Cristo, e do “escravo fiel e discreto”.

*** w64, 15 de Julho de 1964, p.435 (em inglês, tradução minha) ***
… mostre respeito pelo “escravo fiel e discreto” que Ele está usando atualmente. De fato, sua própria vida depende de fazer isso. Lembre-se, também, de que somente os que perseverarem até o fim é que serão salvos (Mateus 24:13).

*** w59, 1 de Outubro de 1959, p. 583 (em inglês, tradução minha) ***
Para agirmos coerentemente com nosso batismo no nome do Noé Maior [Jesus] e para a vida, devemos ser submissos e cooperar com aquele escravo e seu instrumento legal, a Sociedade Torre de Vigia.

Durante muitas décadas, o Escravo incluía todos os “ungidos”, mas em 2009 o Corpo Governante reajustou o entendimento para aumentar sua própria autoridade, como será mostrado mais abaixo. Finalmente, durante a Reunião Anual de 2012, o Corpo Governante anunciou que apenas eles assumiram o papel do Escravo.

Estas afirmações grandiosas têm implicações importantes. A convicção de que Deus revela a Bíblia através do Corpo Governante da Organização afeta o que as Testemunhas de Jeová acreditam em questão de doutrina, história, futuro, e suas ações relativas à moral e à família. A verdade muda de acordo com as mudanças de interpretação da Torre de Vigia. Com esse poder tão abrangente, faz bem verificar se Deus está usando a liderança da Organização das Testemunhas de Jeová.

Evidências

Nos tempos bíblicos, Jeová deu sinais que ajudavam a identificar os escolhidos para conduzir o Seu povo, através do uso de milagres e dons do Espírito. Os líderes da Organização não demonstram nenhum desses sinais.

  • Identificando os Escolhidos por Jeová
    1. Milagres
      • Nos tempos bíblicos:
        • Jeová usou obras milagrosas para identificar os escolhidos para liderar seu povo. Por exemplo: Noé- Ajuntamento dos animais; Moisés – Transformar bastão em cobra; Apóstolos – Dons do Espírito, como a cura pela fé.
      • Corpo Governante atual:
        • Nenhum milagre.
    2. Profecias
      • Nos tempos bíblicos:
        • Quando Jeová usou uma pessoa para fazer previsões futuras, as profecias foram sempre corretas. Por exemplo, a profecia de Daniel para a queda de Babilônia e a sequência de potências mundiais.
      • Corpo Governante atual:
        • 100% das previsões da organização foram falsas, como a de que o fim do sistema seria em 1914, em seguida, 1925, 1975. Além disso, o ensinamento sobre a geração foi alterado diversas vezes, inclusive recentemente, pois os últimos ungidos nascidos antes de 1914 já morreram e a profecia falhou.
    3. Coerência
      • Nos tempos bíblicos:
        • A Bíblia é harmoniosa, com os escritores bíblicos apresentando uma mensagem sem contradição.
      • Corpo Governante atual:
        • A doutrina das Testemunhas de Jeová segue um fluxo agitado. Isso não pode ser explicado como “novas luzes”, porque tem inúmeros “vai-e-vem” e contradições, tais como no caso do ensino da geração, dos transplantes de órgãos e das autoridades superiores.

Visto que a Organização das Testemunhas de Jeová está sem uma evidência visível e clara do suporte divino, ela recorre a afirmações infundadas de que é orientada:

*** w81 1/9 p. 27 ***
ESMAGADORAS CREDENCIAIS
O “escravo fiel e discreto” possui abundantes credenciais. Segue uma lista parcial das designações bíblicas e proféticas que se aplicam ao restante dos seguidores ungidos de Jesus ou são representadas neles desde o notável ano de 1919.

O artigo acima segue com uma lista de 80 “designações proféticas”, e o leitor precisa acreditar que elas prefiguram o escravo atual, e inclui relatos tão diversos quanto a “Esposa de Noé”, “Anjos enviados a Ló” e a “Respiga deixada para trás”. Será que esses relatos podem mesmo ser considerados prova de que a liderança da Organização representa o Escravo desde 1919?

O Corpo Governante também afirma que, se Jesus os designou, logicamente eles devem ser confiáveis:

*** Livro Organizados, edição de 2005 – od p.18 (em inglês, tradução minha) ***
Há muitas razões para ter plena confiança na classe do escravo. A primeira e mais importante é que Jesus os encarregou de todos os seus bens. Isto é uma indicação clara de que ele tem plena confiança neles.

É um raciocínio circular, porque o Escravo está, na verdade, dizendo: “Nós dizemos que Jesus confia em nós, então vocês podem confiar em nós”.

Na edição revisada do Livro Organizados, temos uma redação diferente:

*** Livro Organizados, edição de 2015 – od p. 21 ***
Por tudo o que passou, incluindo muitas dificuldades, o escravo fiel tem demonstrado que o espírito de Deus está dirigindo os assuntos. A parte visível da organização de Jeová tem recebido hoje muitas bênçãos. Portanto, nós a apoiamos e confiamos nela de todo o coração.

Novamente, o próprio Corpo Governante conta sua própria história e diz: “Considerando a versão da história que nós contamos, fica óbvio que o espírito de Deus está nos apoiando. Portanto, vocês devem nos apoiar”.

Ainda mais irônico é afirmação da Sentinela de 15 de julho de 2013, páginas 22,25, que agora afirma que o Escravo Fiel ainda não foi encarregado de “todos os seus bens”. Em 1919, eles foram encarregados dos domésticos, mas a designação sobre os bens não acontecerá até a Grande Tribulação. Não existe mais “a primeira e mais importante” razão para confiarmos no Escravo, apresentada no Livro Organizados de 2005.

*** Livro Organizados, edição de 2015, página 19 ***
Durante a grande tribulação, quando Jesus vier para proferir e executar julgamento contra este sistema perverso, ele encarregará o escravo fiel “de todos os seus bens”.

Outra linha de raciocínio é que cristãos maduros vão perceber que a organização das Testemunhas de Jeová é guiada por Jeová, devido à superioridade da sua doutrina, às demonstrações de amor e ao crescimento do número de fiéis:

*** w58, 1 de maio de 1958, p. 285 (em inglês, tradução minha) ***
Quem é maduro em crescimento cristão, por analisar as Escrituras e a manifestação evidente do favor de Jeová pelo escravo fiel e discreto, passou a apreciar que Jeová lida com seu povo por meio de uma organização e que seu espírito atua em conjunto com essa organização. (Mateus 24:45-47)

*** w64, 15 de Junho de 1964, p.365 (em inglês, tradução minha) ***
A abundância de alimento espiritual e os incríveis detalhes dos propósitos de Jeová revelados para as Testemunhas ungidas de Jeová são uma evidência clara de que eles são os mencionados por Jesus quando ele previu uma classe do “escravo fiel e discreto”.

Será que a dizerem, eles mesmos, serem o Escravo, prova que realmente o são? Toda religião acredita ter o apoio bíblico para suas crenças e pode usar a quantidade de fiéis como prova do favor divino.

O Corpo Governante não mostra ensinos consistentes, tendo sido forçado a apresentar inúmeras alterações doutrinais. Eles falharam em 100% das suas profecias ou previsões sobre a chegada do “fim do mundo”. Também não são capazes de realizar milagres. Não há absolutamente nenhuma evidência de que eles são os porta vozes de Deus, ou de que estejam sendo usados por Ele.

Quem é realmente o escravo fiel e prudente?

As Testemunhas de Jeová transformam uma parábola numa profecia.

Jesus contou uma história de um escravo fiel, com a intenção de incentivar o bom comportamento dos seus seguidores. Ele não estava profetizando sobre um grupo de líderes que surgiria uns 2000 anos depois.

Se examinarmos bem, fica claro que tal parábola é uma referência ao servo José, do Egito, no livro de Gênesis, e é assim que os ouvintes de Jesus provavelmente entenderam.

(Gênesis 39:4-6) José achava favor aos seus olhos e se tornou seu servo particular. Assim, Potifar o encarregou da sua casa, e pôs sob a responsabilidade dele tudo o que era seu. A partir do momento em que o egípcio o encarregou da sua casa e de tudo o que era seu, Jeová abençoou a casa do egípcio por causa de José, e a bênção de Jeová estava sobre tudo o que ele tinha na casa e no campo. Por fim, Potifar deixou tudo o que era seu aos cuidados de José, e não se preocupava com coisa alguma, a não ser com o que comia. Além disso, José se tornou bonito e de belo porte.

José foi servo de Potifar e, depois, do Faraó. Ele é descrito no Velho Testamento como servo fiel e discreto, encarregado sobre todos os bens do Senhor, e tornou-se encarregado de prover ração de grãos durante o período de fome do Egito.

  • Servo – Gênesis 39:17, 19; 41:12
  • Discreto e sábio – Gênesis 41:33,39 Salmos 105:21-22, 39 Atos 7:10
  • Encarregado sobre bens – Gênesis 39:4-5, Atos 7:10
  • Fornecedor de cereais no tempo apropriado – Gênesis 41:53-57

A parábola em Lucas 12:42-46 tem paralelo no vocabulário e em similaridade com o história de José. Potifar estava ausente, e nesse tempo José evitava os avanços da esposa de Potifar fielmente, “até que o amo dele chegou à sua casa”. (Gênesis 39:16) Da mesma forma, o escravo de Lucas 12:43 foi abençoado quando seu amo chegou e ‘o achou fazendo a coisa certa’.

Desse modo, a parábola tinha a intenção de ser um exemplo positivo para beneficiar a todos. Em particular, é benéfico para ministros congregacionais, conforme entendido pela maioria das doutrinas cristãs.

*** w81 1/9 p. 24 Tem apreço pelo “escravo fiel e discreto”? ***
Alguns dizem que o “escravo” se refere a ministros cristãos ou a seu cargo de supervisão, com a responsabilidade de cuidar das necessidades espirituais da congregação. Diz-se que a chegada do ‘amo’ se refere à segunda vinda de Cristo ou então à morte do ministro individual. Assim se afirma que a parábola devia motivar os ministros cristãos a cuidarem bem do que lhes foi confiado.

No livro Comentário sobre Mateus 24 (Commentary on Matthew 24), o autor Matthew Henry disse (em inglês, tradução minha):

“Em relação ao bom servo, ele mostra aqui o que ele é: um governante da casa. [Mostra também] o que ele deve ser: fiel e sábio. E [mostra] o que ele será eternamente: bendito. Aqui há boas instruções e incentivos para os ministros de Cristo.

Primeiro, temos aqui o seu lugar e função. … A igreja de Cristo é a sua casa. …
Em segundo lugar, temos a sua saída punitiva dessa função. O bom servo, se quiser, vai ser um bom administrador; pois:

1. Ele é fiel; mordomos devem ser fiéis, 1 Co. 4: 2. Aquele a quem se confia deve ser confiável; e quanto mais se confia a ele, mais se espera dele. O que se confia aos ministros é algo bom (2 Tim 1:14.); e eles devem ser fiéis, como Moisés era, Heb. 3: 2. Cristo conta aqueles ministros, e só aqueles, que são fiéis, 1 Tim. 1:12. Um ministro fiel de Jesus Cristo é aquele que sinceramente tem por objetivo a honra do seu amo, e não a sua própria; transmite todo o conselho de Deus, e não as suas próprias fantasias e conceitos; segue as instruções de Cristo e adere a elas; que se importa com os pequenos, reprova os maiores, e não presta honra a meras pessoas. “blueletterbible.org (9 Julho de 2006, link inativado). Também St Iakla (14 de Maio de 2016)

Em harmonia com isto, 1 Coríntios 4:1-2 diz;

Avalie-nos o homem como sendo subordinados de Cristo e mordomos dos segredos sagrados de Deus. Além disso, neste caso, o que se procura nos mordomos é que o homem seja achado fiel.

“Quem realmente é o escravo fiel e prudente …?” A intenção dessa pergunta é incentivar, nos seguidores de Jesus, o exemplo de moral de José. Este texto foi mal usado pelas Testemunhas de Jeová para estabelecer sua própria autoridade eclesiástica. Uma parábola para motivar os que têm autoridade a usar suas posições de modo amoroso foi transformada em profecia, e usada por um pequeno grupo de líderes como licença para assumir poder incontestável.

Evolução da Organização Torre de Vigia

A organização não só aplica a parábola de forma errada, como também o faz de forma inconsistente, usando uma gama de noções pré-concebidas para chegar numa variedade de interpretações sobre quem realmente constitui o Escravo Fiel. Isso fica destacado pelas inúmeras alterações dessa doutrina:

  • 144 mil
  • Russell
  • Jesus + 144 mil
  • 144 mil
  • Corpo Governante

Originalmente, Russel havia dito que o Escravo ilustrava o corpo inteiro de Cristo, o pequeno rebanho de 144 mil regentes celestiais.

*** Torre de Vigia de Sião (Zion’s Watch Tower), Out/Nov de 1881, p.5 ***
Quem, então, é o servo fiel e sábio que o seu amo designou sobre sua casa”, para dar-lhes alimento no tempo devido? Não seria o “pequeno rebanho” de servos consagrados que estão fielmente cumprindo seus votos de consagração – o corpo de Cristo – e não estaria esse inteiro corpo, individualmente e coletivamente, dando alimento no tempo devido para a casa de fé – a grande companhia de crentes?

Depois, o escravo passou a se referir a uma única pessoa, o Pastor Russell. (Esta interpretação foi sugerida originalmente pela esposa do Russell numa carta datada de 1895. Veja uma reimpressão de tal carta na Torre de Vigia de Sião [Zion’s Watch Tower] de 15 de Julho de 1906, páginas 215-216). Pensava-se que Russell havia sido designado como o Escravo para liderar os domésticos (os seguidores verdadeiros de Jesus) imediatamente antes da Segunda Volta de Cristo.

*** Torre de Vigia de Sião (Zion’s Watch Tower), 1 de Março de 1896, pp.47,48, tradução minha ***
Em nossas análises, parece que encaramos o termo “aquele servo” como se o espírito tivesse errado em dizer “servo” quando, na verdade, ele quis dizer “servos” (plural), e assumimos que se aplicava a todos os servos verdadeiros de Deus. … A objeção levantada é que as palavras do Senhor mencionam e distinguem entre seus “servos” (seu povo fiel de forma geral, no plural), e “aquele servo”, que indicava especialmente o agente do Senhor que fornecia a verdade atual como alimento para os “servos”.

*** Torre de Vigia de Sião (Zion’s Watch Tower), 15 de Abril de 1904, p. 125, tradução minha ***
Por mais que quiséssemos aplicar esta ilustração para o povo do Senhor coletivamente, o fato ainda permaneceria que os vários itens declarados não se aplicam a um grupo de indivíduos. Por exemplo, no versículo 42, na tradução comum (Common Version), ele é traduzido “aquele mordomo fiel”; na versão revista (Revised Version), “o mordomo fiel”; como se devesse referir-se a um, em particular, e não a um número indefinido. Voltando a atenção para o texto grego, descobrimos que a ênfase está lá também, e de forma dupla – o fiel, o mordomo prudente. … No momento do cumprimento da parábola, o Senhor iria nomear um servo na casa para trazer essas questões à atenção de todos os servos, e certas responsabilidades repousariam sobre ele, com respeito à execução das suas funções.

*** A Sentinela (Watch Tower), 1 de Dezembro de 1916, p. 356, tradução minha ***
Milhares de leitores dos escritos do Pastor Russel acreditam que ele ocupa o cargo do “escravo fiel e prudente”, e que seu grande trabalho era dar alimento no tempo apropriado à Casa de Fé. Sua modéstia e humildade o impediram de assumir esse título abertamente, mas ele o admitiu em conversas privadas.

Russell continuou a ser considerado o Escravo Fiel após sua morte em 1916:

*** A Sentinela (Watch Tower), 1 de Março de 1917, p. 67, tradução minha ***
A Organização Torre de Vigia proclama, sem hesitar, o irmão Russel como “aquele servo fiel e prudente”. Ele proveu a mensagem fielmente, terminou o seu curso e agora entrou na sua recompensa. Através dele, o Senhor deu à Igreja a mensagem que é tão essencial para cada um que, neste tempo da colheita, ganharia o prêmio glorioso.

*** A Sentinela (Watch Tower), 1 de Março de 1923, p. 68, tradução minha ***
Acreditamos que todos os que agora regozijam-se na verdade atual vão concordar que o irmão Russel cumpriu fielmente o papel do servo especial do Senhor; e que ele foi feito administrador sobre todos os bens do Senhor.

Mas com a morte de Russell, uma nova interpretação tornou-se necessária. No panfleto A Parábola da Moeda de 1917, Rutherford foi descrito como o Mordomo, substituindo a Russell.

*** Panfleto A Parábola da Moeda, de 1917, página 2 ***
Diz Ao Seu Mordomo – O irmão J. F. Rutherford, Presidente e Gerente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, depois da morte do Pastor Russell, e eleito a tal posição em harmonia com a vontade do Pastor.

Em 1926, Rutherford reinterpretou o Escravo Fiel, deixando de ser uma única pessoa e passando a ser um grupo de pessoas. Portanto, a interpretação completou um ciclo completo, mas agora o servo incluía também Jesus, além dos 144 mil.

*** A Sentinela – w27 15 de Fevereiro de 1927, p. 53, em inglês, tradução minha ***
Visto que O Servo de Jeová é O Cristo, e que O Cristo é composto por Jesus e pelos fiéis membros do seu corpo, é apropriado aplicarmos o termo “Servo” a Jesus Cristo sozinho ou a Jesus Cristo e aos membros do seu corpo coletivamente como um só; e às vezes, é aplicado apenas aos membros do corpo de Cristo ainda na Terra.

Com o tempo, Jesus foi removido do papel de servo fiel. Então, mais uma vez, era apenas o pequeno rebanho. Ajustes nessa interpretação resultaram numa doutrina conturbada, com esse Escravo único descrito como uma classe de pessoas que alimentam a mesma classe de pessoas! Durante muitas décadas, ensinou-se que o escravo e os domésticos eram ambos o mesmo grupo de pessoas. Os 144 mil ungidos eram o escravo, como grupo, mas individualmente os mesmos 144 mil eram os domésticos sob o domínio do grupo. O escravo fiel e prudente tornou-se os 144 mil coletivamente. Os domésticos tornaram-se os 144 mil individualmente. Os 144 mil alimentavam os 144 mil. O restante das Testemunhas de Jeová e as pessoas do mundo não eram diretamente mencionadas nessa parábola. Isto foi explicado no seguinte artigo:

*** w95 15/5 p. 16 par. 4 Lampejos de luz, grandes e pequenos (Parte um) ***
Se todos os ungidos, como grupo, não importa onde vivam na terra, são membros da classe do escravo, quem são os “domésticos”? Estes são os mesmos ungidos, mas encarados dum ponto de vista diferente — como pessoas individuais. Sim, como pessoas individuais fazem parte tanto do “escravo” como dos “domésticos”, dependendo de fornecerem alimento espiritual ou de o assimilarem. Para ilustrar isso: conforme registrado em 2 Pedro 3:15, 16, o apóstolo Pedro menciona as cartas de Paulo. Quando as lia, Pedro era como um dos domésticos que se nutriam do alimento espiritual fornecido por Paulo qual representante da classe do escravo.

Esse conceito era não só bizarro e desnecessariamente confuso, mas também não representava o real funcionamento da organização. A maioria dos 144 mil não alimenta as ovelhas, porque não estão envolvidos no estabelecimento de doutrinas, regras e procedimentos da organização. O Corpo Governante sozinho dita o que é fornecido como alimento para as ovelhas.

Poucas Testemunhas de Jeová ungidas escreveram artigos para as publicações ou mesmo desenvolveram alguma doutrina ou procedimento. Mais recentemente, a maioria dos artigos são escritos por membros das Outras Ovelhas e simplesmente verificados e autorizados pelo Corpo Governante.

*** Manual de Organização de Filial (Branch Organization Manual) p.24-1 par. 4, tradução minha ***
4. Os irmãos e irmãs usados como escritores devem ser dedicados, batizados, com boa reputação em suas congregações locais, e ter habilidades de escrita. Eles devem ser exemplares, modestos, não inclinados a conversar impensadamente sobre suas atividades de escrita com outros. … 5. PREPARANDO MATERIAL: Os assuntos de que tratam os artigos podem ser bem variados. Alguns artigos lidam com assuntos espirituais, e estes devem ser escritos por irmãos.

Desde sua formação, o Corpo Governante variou em tamanho entre 7 e 18 homens ungidos. Quando a organização diz para seguir o “escravo fiel e prudente”, a maioria das Testemunhas de Jeová entende seguir as regras do Corpo Governante, já que só esses membros dirigem a organização.

Por volta de 2009 em diante, as Testemunhas de Jeová admitiram abertamente que os líderes do Corpo Governante representam o Escravo, e começaram a diminuir a importância do restante dos ungidos. Por exemplo, veja as seguintes citações de A Sentinela de 15 de Junho de 2009:

*** w09 15/6 p. 23 par. 15 ***
No entanto, os cristãos realmente ungidos não exigem atenção especial. Eles não acham que, por serem ungidos, têm mais perspicácia do que até mesmo membros experientes da “grande multidão” talvez tenham.

*** w09 15/6 p. 23 [Foto na página 23] ***
Nos dias atuais, o Corpo Governante representa o “escravo fiel e discreto”. Existia um arranjo similar no primeiro século.

*** w09 15/6 p. 24 par. 16 ***
Será que todos esses ungidos, espalhados por toda a Terra, são parte de uma rede de comunicações global que de alguma forma está envolvida na revelação de novas verdades espirituais? Não. Apesar de a classe-escravo, como corpo, ser responsável por alimentar espiritualmente os domésticos, nem todos os indivíduos dessa classe têm os mesmos deveres ou designações de trabalho.

*** w09 15/6 p. 24 par. 18 ***
Similarmente, nos dias de hoje um número limitado de homens ungidos tem a responsabilidade de representar a classe-escravo. Eles compõem o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová.

O mesmo sentimento foi expresso em 2010:

*** w10 15/7 pp. 22-23 par. 9 ***
Será que todos os cristãos ungidos ‘brilhariam’? Em certo sentido, sim, pois todos os cristãos participariam na pregação, em fazer discípulos e em edificar uns aos outros nas reuniões. Os ungidos dariam o exemplo. (Zac. 8:23) Além disso, porém, coisas profundas seriam reveladas no tempo do fim. A própria profecia que Daniel registrou foi ‘selada’ até esse tempo. (Dan. 12:9) Como e por meio de quem o espírito pesquisaria essas coisas profundas?

*** w10 15/7 p. 23 par. 10 ***
Em nossos dias, quando chega o tempo para esclarecer certo assunto espiritual, o espírito santo ajuda homens de responsabilidade, que representam o “escravo fiel e discreto” na sede mundial, a discernir verdades profundas não entendidas antes. (Mat. 24:45; 1 Cor. 2:13) O Corpo Governante como um todo analisa possíveis ajustes numa explicação. (Atos 15:6) As suas conclusões são publicadas em benefício de todos.

*** w10 15/9 p. 23 par. 8 ***
Os ungidos e seus companheiros das outras ovelhas reconhecem que, por seguirem a direção do atual Corpo Governante, estão na realidade seguindo seu Líder, Cristo.

*** w10 15/9 p. 26 par. 4 ***
Como Cabeça da congregação cristã, Cristo tem usado esse “escravo fiel e discreto” para administrar os interesses do Seu Reino na Terra. Por meio de um Corpo Governante, ele tem fornecido orientações para os ungidos “domésticos” e seus companheiros das “outras ovelhas”.

Em 2011, afirmaram que nem mesmo é preciso saber quem são os ungidos:

*** w11 15/8 p. 22 Perguntas dos Leitores ***
Diversos fatores — incluindo anteriores crenças religiosas ou desequilíbrio mental ou emocional — podem levar alguns a pensar erroneamente que receberam a chamada celestial. Dessa forma, não temos como saber o número exato de ungidos na Terra, nem precisamos saber.

Embora tenham dito que o Corpo Governante dirige o restante dos ungidos, não se explicou onde fica o restante dos ungidos, ou como eles fazem parte do Escravo. O conceito de que todos os ungidos são o escravo desmoronou quando disseram que, de modo coletivo, os ungidos não são importantes. Ficou claro que só o Corpo Governante tem alguma influência em “alimentar as ovelhas” e liderar a organização, e eles se consideram sozinhos os representantes do Escravo.

O conceito acima tornou-se oficial na Reunião Anual de 6 de Outubro de 2012, na sede mundial. A informação foi publicada no site jw.org em novembro de 2012, e apareceu em A Sentinela na edição de 15 de Julho de 2013:

*** Relatório da reunião anual de 2012 – jw.org ***
As evidências apontam para a seguinte conclusão: o “escravo fiel e discreto” foi designado sobre os domésticos de Jesus em 1919. Esse escravo é o pequeno grupo de irmãos ungidos que servem na sede mundial durante a presença de Cristo e que estão diretamente envolvidos na preparação e distribuição do alimento espiritual. Quando os membros desse grupo trabalham em conjunto como Corpo Governante, eles atuam como o “escravo fiel e discreto”.

*** w13 15/7 p. 22 par. 10 ***
Em harmonia com o padrão de Jesus de alimentar muitos pelas mãos de poucos, esse escravo se compõe de um pequeno grupo de irmãos ungidos diretamente envolvidos na preparação e distribuição de alimento espiritual durante a presença de Cristo. No decorrer dos últimos dias, os irmãos ungidos que compõem o escravo fiel têm servido juntos na sede mundial. Em décadas recentes, esse escravo tem sido composto do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová. Note, porém, que embora o escravo seja composto de mais de uma pessoa ele é descrito na ilustração de Jesus como apenas um escravo. Assim, as decisões do Corpo Governante são tomadas coletivamente.

Um detalhe nesse ensino é que  o Corpo Governante só representa o Escravo quando está agindo coletivamente, como grupo, sendo descrito acima como “composto” ou ‘coletivo’.

Devemos nos perguntar: se Deus realmente designou o Corpo Governante para distribuir verdades desde 1919, porque gastaram 93 anos para oferecer a verdade sobre essa doutrina?

O que é impressionante nessa doutrina é que, em 1981, a organização Torre de Vigia descreveu este mesmo conceito (de que só os líderes representam a classe do escravo) como enganoso e de opositores. Em outras palavras, era um ensino apóstata; o ensino de que só o Corpo Governante representa o Escravo foi descrito como um conceito apóstata:

*** w81 1/9 pp. 24-25 ***
As Testemunhas de Jeová entendem que o “escravo” é composto por todos os cristãos ungidos como grupo na terra em qualquer tempo determinado durante os 19 séculos desde Pentecostes. Por conseguinte, os “domésticos” são esses seguidores de Cristo como indivíduos. Alguns leitores talvez achem que este é um conceito bastante sectário sobre o assunto. Ou talvez objetem à idéia de que o “escravo” e os “domésticos” representem a mesma classe, um sendo um corpo composto e os outros sendo as pessoas individuais. Os que objetam talvez argumentem que nem todos os discípulos ungidos de Cristo participam na preparação do alimento espiritual, de modo que o “escravo” talvez represente apenas os que se destacam nisso, e os “domésticos” talvez sejam os que eles servem na congregação.
De nada vale tentar forçar uma interpretação da parábola. Enganar a si mesmo não é de nenhum proveito e é espiritualmente prejudicial. Portanto, temos de recorrer às Escrituras para obter entendimento. Fazendo isso, o que encontramos? … Por conseguinte, este servo ou “escravo”, como corpo coletivo, fornece alimento espiritual a todas as pessoas individuais dessa congregação, que constituem a família de “domésticos”.

Consequências

As Testemunhas de Jeová afirmam que o Escravo recebeu toda a autoridade:

*** w72 1/6 p. 334 par. 10 ***
Os fatos da história moderna mostram que ele, no ano de 1919, revivificou estes muito afligidos discípulos e os reuniu como corpo unido. Daí os designou como sua classe do “escravo” “sobre todos os seus bens”, quer dizer, sobre todos os seus interesses régios na terra.

Mas essa não era a intenção das Escrituras. A Bíblia diz que a designação sobre todos os bens só é feita após a chegada do Senhor.

(Mateus 24:46,47) Feliz aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o encontrar fazendo isso! Digo a verdade a vocês: Ele o encarregará de todos os seus bens.

O amo ainda não chegou, pois o memorial vai cessar quando ele chegar, conforme mostra o texto abaixo. Portanto, o Escravo não foi designado sobre todos os bens ainda.

(1 Coríntios 11:26) Pois, sempre que vocês comerem esse pão e beberem esse cálice, estarão proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.

Os líderes tomaram o controle para si antes do tempo, e consolidaram tal controle. A versão de 2012 dessa doutrina deixa os cristãos sem provisão de alimento de 33 EC até 1919 EC, e eleva a exclusividade e a importância do Corpo Governante. E isto contrasta com a parábola, pois ela indica que, nestes tempos, os anciãos deveriam ser pastores da congregação.

Poderia-se pensar que a definição de uma Testemunha de Jeová é alguém que adora a Jeová. No entanto, o conceito definidor de uma Testemunha de Jeová não é adorar a Jeová, mas seguir ao “escravo fiel e prudente”. Numa comissão judicativa, a pergunta mais importante não é se a Testemunha acredita na Bíblia ou adora a Jeová, mas se ela acredita que Deus está usando a Organização e o Escravo Fiel e Discreto nos nossos dias. Se alguém acreditar na Bíblia e em Jeová, ainda assim será desassociado como apóstata caso diga abertamente que os líderes da Organização não representam o Escravo de Jeová.

O Corpo Governante conseguiu tirar a atenção de Jesus por meio da sua doutrina de que Jesus é o mediador apenas para a classe do Escravo, e que a salvação só pode ser alcançada por meio da associação com o Escravo:

*** Segurança Mundial sob o “Príncipe da Paz” – ws cap. 1 pp. 10-11 par. 16 ***
Ele é o Mediador entre seu Pai celestial, Jeová Deus, e a nação do Israel espiritual, que está limitado a 144.000 membros.

*** w93 1/5 p. 17 par. 5 ***
Jesus sabia que iria comprar esses ungidos com seu próprio sangue, de modo que se referia a eles apropriadamente como seu escravo em sentido coletivo.

*** w80 15/6 p. 27 par. 25 O benefício de “um só mediador entre Deus e os homens” ***
Para manterem a relação com “nosso Salvador, Deus”, os da “grande multidão” precisam permanecer unidos com o restante dos israelitas espirituais.

Em vez de achegar as pessoas a jesus, o Corpo Governante faz uma aplicação errada da parábola do Escravo Fiel e Discreto para chamar atenção para si mesmos, colocando a autoridade deles exatamente entre Jesus e seus seguidores:

*** w72 1/6 p. 333 Organização teocrática com a qual avançar agora ***
[Tabela na página 333]
(Para o texto formatado, veja a publicação)

  • A Hodierna Organização Teocrática das Testemunhas Cristãs de Jeová
    1. JEOVÁ DEUS
    2. Jesus Cristo – Cabeça da Congregação Cristã
    3. Classe do “Escravo Fiel e Discreto”, que Jesus ‘designou sobre todos os seus bens’.
    4. CORPO GOVERNANTE
    5. ANCIÃOS na Congr.
    6. SERVOS MINISTERIAIS

The Watchtower 2013 April 15 does not include Jesus at all in an image depicting the hierarchy of their Organisation Chart. This no longer references Jesus or the Anointed, nor separates the Governing Body from the Faithful Slave, but extends from Jehovah directly to the Governing Body, Branch Committees, Travelling Overseers, Elders, Congregations and finally Publishers.


A Sentinela de 15 de Abril de 2013, página 29

É muito estranho para uma religião que se diz cristã usar este imagem representativa, que não inclui Jesus, mas tem o Corpo Governante bem abaixo de Jeová. A imagem baseia-se no Carro Celestial de Ezequiel 1 para a parte celestial da Organização. Eles poderiam ter usado Daniel 7, que a mesma revista menciona, porque Daniel 7 tem o trono de Jeová sobre rodas, junto com o Filho do Homem. Eles poderiam, assim, incluir Jesus como parte da sua estrutura organizacional, visto que Jesus com certeza é a parte mais importante de qualquer organização cristã.

O Corpo Governante usa o conceito do Escravo para afirmar que, sem eles, a Bíblia não pode ser entendida:

*** w10 15/9 p. 8 par. 7 ***
Não podemos ter uma boa relação com Jeová se desprezarmos aqueles a quem Jesus designou para cuidar de seus “bens”. Sem a ajuda do “escravo fiel e discreto” não entenderíamos o pleno significado das coisas que lemos na Palavra de Deus nem saberíamos como aplicá-las.

*** w94 1/10 p. 8 A Bíblia: um livro destinado a ser entendido ***
Todos os que desejam entender a Bíblia devem reconhecer que a “grandemente diversificada sabedoria de Deus” só pode ser conhecida através do canal de comunicação de Jeová, o escravo fiel e discreto.

*** w90 1/12 p. 19 par. 13 Como podemos corresponder altruisticamente ao amor de Deus? ***
Temos a oportunidade de mostrar amor pelos nossos irmãos que tomam a dianteira na congregação, ou em conexão com a organização visível de Jeová no mundo inteiro. Isto inclui ser leal ao “escravo fiel e discreto”. (Mateus 24:45-47) Encaremos o fato de que não importa o quanto tenhamos lido a Bíblia, jamais teríamos aprendido a verdade por conta própria. Não teríamos descoberto a verdade sobre Jeová, seus propósitos e atributos, o significado e a importância de seu nome, o Reino, o sacrifício de resgate de Jesus, a diferença entre a organização de Deus e a de Satanás, nem por que Deus tem permitido a iniqüidade.

*** A Sentinela (Watchtower) – w67, 1 de Outubro de 1967, p. 587, tradução minha ***
Portanto, a Bíblia é um livro organizacional e pertence à congregação Cristã como organização, não a indivíduos, independentemente de quão sinceramente eles possam acreditar que podem interpretar a Bíblia. Por esta razão, a Bíblia não pode ser entendida adequadamente sem ter a organização visível de Jeová em mente.

A Bíblia foi escrita para que as pessoas soubessem os requisitos de Deus. Será que as Testemunhas de Jeová esclareceram as pessoas melhor que as palavras de Jesus? Não seria mais correto afirmar que todas as coisas escritas pela Organização, que vão além do que está escrito, regularmente estavam erradas e foram alteradas depois? Informações como estas:

Por irem além do que está escrito na Bíblia no que diz respeito à desassociação, será que o Escravo criou uma prática que tem tido um efeito destrutivo na vida de centenas de milhares de pessoas, dividindo famílias por décadas?

Quando um grupo de homens afirmam ter orientação especial de Deus, sendo Seus únicos representantes, eles arriscam controlar pessoas sem uma justificativa válida, levando a resultados desastrosos para os seguidores. Os cristãos fazem bem em manter na mente os avisos da Bíblia sobre seguir a homens, e devem lembra-se de quem é o seu verdadeiro Cabeça.

(Salmos 146:3) Não confiem nos príncipes Nem nos filhos dos homens, que não podem trazer salvação.

(1 Cor 11:3) Mas quero que saibam que o cabeça de todo homem é o Cristo; o cabeça da mulher é o homem; e o cabeça do Cristo é Deus.

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